domenica, marzo 15, 2009

ATRITOS

Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.

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Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.

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Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.

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À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio, sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.

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Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.

A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.

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Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.

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É começar e terminar a existência
com uma forma pontiaguda.

Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas extremamente importantes.

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Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado, equilibrado.

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Outras, sem dúvida,
com suas ações e palavras me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas.

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Faz parte...
Reveses momentâneos servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.

Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos.

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Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...

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Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.

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Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.
É lá que está o verdadeiro valor...

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Pois, Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar.
Mas temos que aprender como.

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Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar.

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Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.

Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.

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Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.

Ora, esses sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...
E envolvimento gera atrito.

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Minha palavra final é: ATRITE-SE!
Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a VIDA não tem significado.

Roberto Crema
– Presidente do Colégio Internacional dos Terapeutas – UNIPAZ.
Notas do Moderador:

Recebi esta manha de um grande amigo esta mensagem tão preciosa que não me contive em compartilhar com todos... COMPARTILHAR... uma palavra que certamente não deixa de ser exercida quando se atrita em Amor...
Obrigo Amigo pelas belezas que me envias... [:-)]
Ao demais visitantes deste blog deixo também minhas gratificações pela presença viva de cada um de vós. Desejo-lhes um dia Iluminado e repleto de Alegrias e atritos com carinho. [:-)]

domenica, marzo 01, 2009



O QUE SIGNIFICA SER POBRE

Um pai, bem de vida, querendo que seu filho soubesse o que é ser pobre, levou-o para passar uns dias com uma família de camponeses.


O menino passou 3 dias e 3 noites vivendo no campo.


No carro, voltando para a cidade, o pai perguntou:


- Como foi sua experiência? -Boa, responde o filho, com o olhar perdido à distância.


E o que você aprendeu? Insistiu o pai.


1 - Que nós temos um cachorro e eles têm quatro.


2- Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até a metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde tem peixinhos e outras belezas.


3-Que nós importamos lustres do Oriente para iluminar nosso jardim, enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los.


4 - Nosso quintal chega até o muro. O deles chega até o horizonte.


5 - Nós compramos nossa comida, eles cozinham.


6 - Nós ouvimos CD's... Eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, periquitos, sapos, grilos e outros animaizinhos...
...tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha sua terra.


7 - Nós usamos microondas. Tudo o que eles comem tem o glorioso sabor do fogão à lenha.


8 - Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro,com alarmes... Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos.


9 - Nós vivemos conectados ao celular, ao computador, à televisão. Eles estão "conectados" à vida, ao céu, ao sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras, à sua família.


O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou:


- Obrigado, papai, por ter me ensinado o quanto somos pobres!


Cada dia estamos mais pobres de espírito e de observação da natureza, que são as grandes obras de Deus.


Nos preocupamos em TER, TER, TER, E CADA VEZ MAIS TER, em vez de nos preocuparmos em apenas "SER".